Cerca de mil mulheres e crianças feridas ou gravemente doentes serão retiradas da Faixa de Gaza em breve, conforme anunciado nesta segunda-feira (21) pelo diretor europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS), Hans Kluge, durante entrevista à France Presse. O governo de Israel se comprometeu a permitir essas evacuações médicas, que serão realizadas em parceria com a União Europeia (UE) nos próximos meses.

Kluge explicou que a OMS, em colaboração com os países de acolhimento, será responsável por facilitar a saída dos pacientes, garantindo o acesso ao tratamento médico necessário. Desde outubro de 2023, a organização já coordenou a evacuação de cerca de 600 pessoas de Gaza para sete países europeus. No entanto, mais detalhes sobre o cronograma ou os locais de destino das próximas retiradas ainda não foram fornecidos.

O diretor da OMS destacou que essa operação humanitária só foi possível graças à manutenção de diálogos contínuos entre as partes envolvidas, ressaltando a importância de manter os esforços de saúde fora do contexto político. Ele também expressou preocupação com situações semelhantes em outros cenários de conflito, como na Ucrânia, onde a politização da saúde pode comprometer a assistência às vítimas.

A operação militar de Israel em Gaza teve início após o ataque do grupo Hamas, em outubro de 2023, que deixou mais de 1.200 mortos. Desde então, a crise humanitária na região se agravou, aumentando a necessidade de intervenções médicas urgentes para a população civil.